terça-feira, 22 de outubro de 2013

HARDWARE...

...DE REDE.

Elementos de Cabeamento:
Cabo coaxial.
Cabo de fibra óptica.
Cabo de par trançado.
Repetidor.
Transceptor.
Estação de trabalho.
Placa de rede.
Concentrador (hub).
Comutador (switch).
Roteador (router/gateway).
Modem.
Porta de Ligação (gateway router).
Ponte (bridge).

Servidor:
Servidor de arquivos.
Servidor de comunicações.
Servidor de disco.
Servidor de impressão.
Servidor de bluetooth.

CLASSIFICAÇÃO DAS REDES...

...DE COMPUTADORES

Arquitetura de rede é como se designa um conjunto de camadas e protocolos de rede.
A especificação de uma arquitetura deve conter informações suficientes para permitir que um implementador desenvolva o programa ou construa o hardware de cada camada, de forma que ela obedeça corretamente ao protocolo adequado.

Segundo a arquitetura de rede:
Arcnet (Attached Resource Computer Network).
Ethernet.
Token ring.
FDDI (Fiber Distributed Data Interface).
ISDDN (Integrated Service Digital Network).
Frame Relay.
ATM (Asynchronous Transfer Mode).
X.25.
DSL (Digital Subscriber Line).

Segundo a extensão geográfica:
SAN (Storage Area Network).
LAN (Local Area Network).
PAN (Personal Area Network).
MAN (Metropolitan Area Network).
WMAN Wireless Metropolitan Area Network, é uma rede boa sem fio de maior alcance em relação a WLAN.
WAN (Wide Area Network).
WWAN (Wireless Wide Area Network).
RAN (Regional Area Network).
CAN (Campus Area Network).

Segundo a topologia:
Rede em anel (Ring).
Rede em barramento (Bus).
Rede em estrela (Star).
Rede em malha (Mesh).
Rede em ponto-a-ponto (ad-hoc).

Segundo o meio de transmissão:
Rede por cabo.
Rede de cabo coaxial.
Rede de cabo de fibra óptica.
Rede de cabo de par trançado.
Rede sem fios.
Rede por infravermelhos.
Rede por micro-ondas.
Rede por rádio.

TIPOS DE REDES...

...ATUAIS.

Num primeiro momento, os computadores eram interconectados nos departamentos da empresa. Sendo assim, a distância entre os computadores era pequena, limitada a um mesmo local. Por esse motivo as redes passaram a ser conhecidas como redes locais. Com o passar do tempo, as necessidades continuaram a aumentar, a troca de informações somente entre computadores de um mesmo setor já não era suficiente. Surgiu a necessidade da troca de informações entre departamentos de uma empresa, filiais de uma empresa, prédios e edifícios espalhados por uma cidade ou uma região metropolitana. Dessa forma, os computadores passaram a ser interligados por distâncias maiores o que passou a ser conhecido por rede de região metropolitana. Atualmente, existe a necessidade do envio e recebimento de dados entre computadores, em qualquer lugar do planeta, fato que gerou o aparecimento do termo rede de alcance mundial, ou simplesmente Internet.
LAN
Em computação, rede de área local (ou LAN, acrônimo de local area network) é uma rede de computador utilizada na interconexão de computadores, equipamentos processadores com a finalidade de troca de dados. Um conceito mais definido seria: é um conjunto de hardware e software que permite a computadores individuais estabelecerem comunicação entre si, trocando e compartilhando informações e recursos. Tais redes são denominadas locais por cobrirem apenas uma área limitada (10 Km no máximo, quando passam a ser denominadas MANs), visto que, fisicamente, quanto maior a distância de um nó da rede ao outro, maior a taxa de erros que ocorrerão devido à degradação do sinal.
As LANs são utilizadas para conectar estações, servidores, periféricos e outros dispositivos que possuam capacidade de processamento em uma casa, escritório, escola e edifícios próximos.

MAN
Os MAN (Metropolitan Area Network, redes metropolitanas) interligam vários LAN geograficamente próximos (no máximo, a algumas dezenas de quilômetros) com débitos importantes. Assim, um MAN permite a dois nós distantes comunicar como se fizessem parte de uma mesma rede local.
Um MAN é formado por comutadores ou switchs interligados por relações de elevado débito (em geral, em fibra óptica, e os desenvolvimentos mais recentes para acesso a internet de alta velocidade sem fio, resultaram em outra MAN).
WAN
A Wide Area Network (WAN), Rede de área alargada ou Rede de longa distância, também conhecida como Rede geograficamente distribuída, é uma rede de computadores que abrange uma grande área geográfica, com frequência um país ou continente. Difere, assim, das Redes pessoais (PAN), das Redes de área local (LAN) e da Rede de área metropolitana (MAN).
As WAN tornaram-se necessárias devido ao crescimento das empresas, onde as LAN não eram mais suficientes para atender a demanda de informações, pois era necessária uma forma de passar informação de uma empresa para outra de forma rápida e eficiente. Surgiram as WAN que conectam redes dentro de uma vasta área geográfica, permitindo comunicação de longa distância.

WLAN
Wireless LAN ou WLAN (Wireless Local Area Network) é uma rede local que usa ondas de rádio para fazer uma conexão Internet ou entre uma rede, ao contrário da rede fixa ADSL ou conexão-TV, que geralmente usa cabos. WLAN já é muito importante como opção de conexão em muitas áreas de negócio. Inicialmente os WLANs assim distante do público em geral foi instalado nas universidades, nos aeroportos, e em outros lugares públicos principais. A diminuição dos custos do equipamento de WLAN trouxe-o também a muitos particulares.

WMAN
É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WLAN, isto é, cobre cidades inteiras ou grandes regiões metropolitanas e centros urbanos.
A WMAN é uma rede sem fio que tem um alcance de dezenas de quilômetros.
Podendo interligar, por exemplo, diversos escritórios regionais, ou diversos setores de um campus universitário, sem a necessidade de uma estrutura baseada em fibra óptica que elevaria o custo da rede.

WWAN
É uma rede sem fio de maior alcance em relação a WAN, isto é, pode cobrir diversos países atingindo milhares de quilômetros de distancia. Para que isso seja possível existe a necessidade de utilização de antenas potentes para retransmissão do sinal.
Um exemplo de WWAN se refere a rede de celulares que cobre as diversas regiões do globo. A distância alcançada é limitada apenas pela tecnologia de transmissão utilizada, uma vez que o nível do sinal vai depender dos equipamentos de transmissão e recepção.
Por cobrir grandes distancias ela é mais propensa a perdas de sinais por causa dos ruídos e condições climáticas.

SAN
Uma SAN (Storage Area Network), é uma rede destinada exclusivamente a armazenar dados.

PAN
Uma PAN (Personal Area Network) é uma rede doméstica que liga recursos diversos ao longo de uma residência. Através da tecnologia Bluetooth obtém-se uma rede PAN.

GAN
Uma GAN (Global Area Network) é uma conexão de redes de longa distância ao longo do globo.

CAN
Uma CAN (Campus Area Network) é uma ligação entre vários computadores de vários edifícios numa determinada área (EX. Universidades, Escolas, …);

OUTROS TIPOS:
Podem-se classificar também como:

Peer-to-Peer: Neste tipo de arquitetura os computadores não necessitam de qualquer tipo de sistema operativo, e os computadores não necessitam de ter grande capacidade quer de memória como de processamento;

Cliente-servidor: Neste tipo de arquitetura existem computadores dedicados, ou seja, têm recursos a que os outros computadores (manejados pelos clientes) vão aceder, estes tipos de computadores, são quase como super computadores, ou seja, computadores com muita memória e de grande quantidade de processamento, e usam sistemas operativos de rede (EX. Windows 2008 Server).

Referências: 
Darrick Addison (01 de fevereiro de 2001). Criação de uma Rede de Área Local. IBM developerWorks. Página visitada em 30 de Abril de 2013.

Allan Francisco Forzza Amaral. Redes de Computadores - Curso Técnico de Informática. Rede eTec - Ministério da Educação e Cultura. Página visitada em 30 de Abril de 2013.

Capitalhead (31 de outubro de 2008). SAN vs DAS: A Cost Analysis of Storage in the Enterprise. Página visitada em 30 de abril de 2013.

Ana Paula Pereira (28 de Junho de 2011). Tecnologias promissoras: PAN - rede sem fio de área pessoal. Tecmundo. Página visitada em 30 de abril de 2013.

José Mauricio Santos Pinheiro (18 de julho de 2004). GAN - Global Area Network. Projetoderedes. Página visitada em 30 de abril de 2013.

Charles M. Kozierok (20 de setembro de 2005). Local Area Networks (LANs), Wireless LANs (WLANs) and Wide Area Networks (WANs) and Variants (CANs, MANs and PANs). The TCP/IP Guide. Página visitada em 30 de abril de 2013.

COMO TUDO SURGIU...

...REDES DE COMPUTADORES

Antes do advento de computadores dotados com algum tipo de sistema de telecomunicação, a comunicação entre máquinas calculadoras e computadores antigos era realizada por usuários humanos através do carregamento de instruções entre eles. Em setembro de 1940, George Stibitz usou uma máquina de teletipo para enviar instruções para um conjunto de problemas a partir de seu Model K na Faculdade de Dartmouth em Nova Hampshire para a sua calculadora em Nova Iorque e recebeu os resultados de volta pelo mesmo meio. Conectar sistemas de saída como teletipos a computadores era um interesse na Advanced Research Projects Agency (ARPA) quando, em 1962, J. C. R. Licklider foi contratado e desenvolveu um grupo de trabalho o qual ele chamou de a "Rede Intergaláctica", um precursor da ARPANET.
Em 1964, pesquisadores de Dartmouth desenvolveram o Sistema de Compartilhamento de Tempo de Dartmouth para usuários distribuídos de grandes sistemas de computadores. No mesmo ano, no MIT, um grupo de pesquisa apoiado pela General Electric e Bell Labs usou um computador (DEC’s PDP-8) para rotear e gerenciar conexões telefônicas.
Durante a década de 1960, Leonard Kleinrock, Paul Baran e Donald Davies, de maneira independente, conceituaram e desenvolveram sistemas de redes os quais usavam datagramas ou pacotes, que podiam ser usados em uma rede de comutação de pacotes entre sistemas de computadores.
Em 1969, a Universidade da Califórnia em Los Angeles, SRI (em Stanford), a Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e a Universidade de Utah foram conectadas com o início da rede ARPANET usando circuitos de 50 kbits/s.
Redes de computadores e as tecnologias necessárias para conexão e comunicação através e entre elas continuam a comandar as indústrias de hardware de computador, software e periféricos. Essa expansão é espelhada pelo crescimento nos números e tipos de usuários de redes, desde o pesquisador até o usuário doméstico.
Atualmente, redes de computadores são o núcleo da comunicação moderna. O escopo da comunicação cresceu significativamente na década de 1990 e essa explosão nas comunicações não teria sido possível sem o avanço progressivo das redes de computadores.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

IPV6

O IPV6 é uma evolução do padrão de endereçamento atual onde, ao invés de endereços de 32 bits, são usados endereços de 128 bits. O número de endereços disponíveis no IPV6 é simplesmente absurdo; seria o número 340.282.366.920 seguido por mais 27 casas decimais. Tudo isso para prevenir a possibilidade de, em um futuro distante, ser necessária uma nova migração.
Por serem muito mais longos, os endereços IPV6 são representados através de caracteres em hexa. No total temos 32 caracteres, organizados em oito quartetos e separados por dois pontos.
No conjunto hexadecimal, cada caractere representa 4 bits (16 combinações). Devido a isso, temos, além dos números de 0 a 9, também os caracteres A, B, C, D, E e F, que representariam (respectivamente), os números 10, 11, 12, 13, 14 e 15. Um exemplo de endereço IPV6, válido na internet, seria "2001:bce4:5641:3412:341:45ae:fe32:65".
Um atenuante para esta complexidade dos endereços IPV6 é que eles podem ser abreviados de diversas formas. Graças a isso, os endereços IPV6 podem acabar sendo incrivelmente compactos, como "::1" ou "fee::1".
Em primeiro lugar, todos os zeros à esquerda dentro dos quartetos podem ser omitidos. Por exemplo, ao invés de escrever "0341", você pode escrever apenas "341"; ao invés de "0001" apenas "1" e, ao invés de "0000" apenas "0", sem que o significado seja alterado. É por isso que muitos quartetos dentro dos endereços IPV6 podem ter apenas 3, 2 ou mesmo um único dígito. Os demais são zeros à esquerda que foram omitidos.
É muito comum que os endereços IPV6 incluam sequências de números 0, já que atualmente poucos endereços são usados. Graças a isso, o endereço "2001:bce4:0:0:0:0:0:1" poderia ser abreviado para apenas "2001:bce4::1", omitimos todo o trecho central "0:0:0:0:0".
Ao usar o endereço, o sistema sabe que entre o "2001:bce4:" e o ":1" existem apenas zeros e faz a conversão internamente, sem problema algum. O suporte a IPV6 está presente em todas as distribuições Linux atuais, assim como no Windows XP XP2 e Vista. Uma vez que você entende como os endereços IPV6 são estruturados e que uma mesma interface de rede pode ter ao mesmo tempo um endereço IPV4 e um IPV6 (respondendo em ambos), não existe nada de exotérico em atribuir endereços IPV6 para os micros da sua rede e começar a testar o novo sistema.
No Linux, comece verificando se o módulo "ipv6" está carregado (o que é feito por padrão na maioria das distribuições atuais). Caso necessário, carregue-o usando o comando "modprobe ipv6". A partir daí, você pode atribuir um endereço IPV6 usando o comando "ifconfig eth0 add", onde o "eth0" é a interface de rede. Graças às abreviações, os endereços IPV6 podem ser bastante curtos. Experimente por exemplo adicionar o endereço "fee::1":
# ifconfig eth0 add fee::1
Faça o mesmo em outro micro da rede, atribuindo agora o endereço "fee::2".
Para testar a conectividade entre os dois, você pode utilizar o comando "ping6", que é a versão atualizada do ping, que trabalha com endereços IPV6. Caso ele não esteja disponível, experimente instalar o pacote "iputils-ping". Ele é usado da mesma forma que o comando ping normal. Basta especificar o endereço do outro micro, como em:
# ping6 fee::1
Com os dois hosts conversando, experimente utilizar outros programas e servidores para testar a conectividade entre eles. Para se conectar via SSH, por exemplo, você usaria o comando:
# ssh fee::1
Assim como no IPV4, os endereços IPV6 são divididos em dois blocos. Os primeiros 64 bits (os 4 primeiros quartetos) identificam a rede, enquanto os últimos 64 bits identificam o host. No endereço "2001:bce4:0:0:0:0:0:1", por exemplo, temos a rede "2001:bce4:0:0" e o host "0:0:0:0:1" dentro dela.
Ao configurar endereços dentro de uma mesma rede, existem duas opções. A primeira seria simplesmente usar endereços sequenciais, como " 2001:bce4::1", " 2001:bce4::2", "2001:bce4::3" e assim por diante. Nada de errado com isso. A segunda seria seguir a sugestão do IEFT e usar os endereços MAC das placas de rede para atribuir os endereços dos hosts. É justamente isso que é feito ao utilizar a atribuição automática de endereços no IPV6.
Digamos que o endereço da rede é "2001:bce4:0:0:" e o endereço MAC do micro é "00:16:F2:FE:34:E1".
Como você pode ver, o endereço MAC contém apenas 12 dígitos hexa, enquanto no IPV6 a parte do host contém 16 dígitos. Está em estudo uma expansão dos endereços MAC das placas de rede, que passariam a ter 16 dígitos, mas, enquanto isso não é colocado em prática, usamos uma regra simples para converter os endereços de 12 dígitos atuais em endereços de 16 dígitos, adicionando os dígitos "ffff" entre o sexto e sétimo dígito do endereço. O endereço "00:16:F2:FE:34:E1", viraria então "0016:f2ff:fffe:34e1". Como viu, os 12 dígitos originais continuam os mesmos (apenas converti para minúsculas). São apenas adicionados os 4 dígitos no meio.
Adicionando o endereço da rede, o endereço IPV6 completo deste micro seria "2001:bce4:0:0:0016:f2ff:fffe:34e1", o que poderia ser abreviado para apenas "2001:bce4::0016:f2ff:fffe:34e1".
O IPV6 também oferece um recurso de compatibilidade com endereços IPV4, permitindo que você continue utilizando os mesmos endereços ao migrar para ele. Neste caso, você usaria o endereço "::FFFF:" seguido pelo endereço IPV4 usado atualmente, como em:
::FFFF:192.168.0.1
Por estranho que possa parecer, este é um endereço IPV6 completamente válido, que você pode usar para todos os fins. Outra mudança é que no IPV6 você pode atribuir diversos endereços para o mesmo micro. Isto também era possível no IPV4 utilizando-se alises para a placa de rede, mas no caso do IPV6, este passou a ser um recurso nativo. Graças a isso, o mesmo micro pode ser acessado tanto através do endereço "2001:bce4:5641:3412:341:45ae:fe32:65" (por exemplo), quanto pelo ::FFFF:192.168.0.1 (pelos micros da rede local), sem que você precise usar duas placas de rede.
É possível também adicionar um endereço IPV6 a um micro já configurado com um endereço IPV4, na maioria dos casos sem nem mesmo precisar derrubar a rede. Neste caso, ele continua respondendo de forma normal no endereço IPV4 antigo, mas passa a responder também no endereço IPV6. Um dos objetivos do novo sistema é justamente manter compatibilidade com o antigo, já que muitos sistemas provavelmente nunca serão atualizados. Imagine, por exemplo, que uma migração em larga escala para o IPV6 está ocorrendo. A maior parte da internet já utiliza o novo sistema, mas seu provedor de acesso ainda oferece suporte apenas a endereços IPV4.
Prevendo situações assim, o IPV6 oferece suporte ao tunelamento de pacotes IPV6 através de redes IPV4. Ao perceber que os pacotes IPV6 precisarão passar por uma rede IPV4, o roteador empacota os pacotes IPV6, colocando-os dentro de pacotes IPV4, de forma que eles sejam roteados normalmente através da rede IPV4. Do outro lado da conexão teríamos outro roteador IPV6, que se encarregaria de remover o cabeçalho IPV4 dos pacotes, obtendo novamente os pacotes IPV6 originais.Este sistema permite também que sistemas configurados com endereços IPV4, continuem acessando a internet normalmente, mesmo depois que a migração ocorrer. Imagine o caso de micros rodando o Windows 95/98, por exemplo, sistemas que provavelmente nunca serão atualizados.
Por Carlos E. Morimoto

IPV4

Existem duas versões do protocolo IP: o IPV4 é a versão atual, que utilizamos na grande maioria das situações, enquanto o IPV6 é a versão atualizada, que prevê um número brutalmente maior de endereços e deve começar a se popularizar a partir de 2010 ou 2012, quando os endereços IPV4 começarem a se esgotar.
No IPV4, os endereço IP são compostos por 4 blocos de 8 bits (32 bits no total), que são representados através de números de 0 a 255, como "200.156.23.43" ou "64.245.32.11".
As faixas de endereços começadas com "10", com "192.168" ou com de "172.16" até "172.31" são reservadas para uso em redes locais e por isso não são usados na internet. Os roteadores que compõe a grande rede são configurados para ignorar estes pacotes, de forma que as inúmeras redes locais que utilizam endereços na faixa "192.168.0.x" (por exemplo) podem conviver pacificamente.
No caso dos endereços válidos na internet as regras são mais estritas. A entidade responsável pelo registro e atribuição dos endereços é a ARIN (http://www.arin.net/). As operadoras, carriers e provedores de acesso pagam uma taxa anual, que varia de US$ 1.250 a US$ 18.000 (de acordo com o volume de endereços requisitados) e embutem o custo nos links revendidos aos clientes.
Ao conectar via ADSL ou oura modalidade de acesso doméstico, você recebe um único IP válido. Ao alugar um servidor dedicado você recebe uma faixa com 5 ou mais endereços e, ao alugar um link empresarial você pode conseguir uma faixa de classe C inteira. Mas, de qualquer forma, os endereços são definidos "de cima para baixo" de acordo com o plano ou serviço contratado e você não pode escolher quais endereços utilizar.
Embora aparentem ser uma coisa só, os endereços IP incluem duas informações. O endereço da rede e o endereço do host dentro dela. Em uma rede doméstica, por exemplo, você poderia utilizar os endereços "192.168.1.1", "192.168.1.2" e "192.168.1.3", onde o "192.168.1." é o endereço da rede (e por isso não muda) e o último número (1, 2 e 3) identifica os três micros que fazem parte dela.
Os micros da rede local podem acessar a internet através de um roteador, que pode ser tanto um servidor com duas placas de rede, quando um modem ADSL ou outro dispositivo que ofereça a opção de compartilhar a conexão. Neste caso, o roteador passa a ser o gateway da rede e utiliza seu endereço IP válido para encaminhar as requisições feitas pelos micros da rede interna. Este recurso é chamado de NAT (Network Address Translation).
Endereços de 32 bits permitem cerca de 4 bilhões de endereços diferentes, quase o suficiente para dar um endereço IP exclusivo para cada habitante do planeta. O grande problema é que os endereços são sempre divididos em duas partes, rede e host. Nos endereços de classe A, o primeiro octeto se refere à rede e os três octetos seguintes referem-se ao host. Temos apenas 126 faixas de endereços classe A disponíveis no mundo, dadas a governos, instituições e até mesmo algumas empresas privadas, como por exemplo a IBM. As faixas de endereços classe A consomem cerca de metade dos endereços IP disponíveis, representando um gigantesco desperdício, já que nenhuma das faixas é completamente utilizada. Será que a IBM utiliza todos os 16 milhões de endereços IP a que tem direito? Certamente não.
Mesmo nos endereços classe B (dois octetos para a rede, dois para o host, garantindo 65 mil endereços) e nos classe C (três octetos para a rede e um para o host, ou seja, apenas 256 endereços) o desperdício é muito grande. Muitas empresas alugam faixas de endereços classe C para utilizar apenas dois ou três endereços por exemplo.
Para piorar, parte dos endereços estão reservados para as classes D e E, que jamais foram implementadas. Isto faz com que já haja uma grande falta de endereços, principalmente os de classe A e B, que já estão todos ocupados. No ritmo atual, é provável que em poucos anos não existirão mais endereços disponíveis.
Mais uma séria limitação do protocolo IPv4 é a falta de uma camada de segurança. Ele foi "desenvolvido para ser usado em redes onde as pessoas confiam umas nas outras" e não em um ambiente anárquico como a internet atual. Camadas de autenticação e encriptação precisam ser adicionadas através de protocolos implantados sobre o TCP/IP, como no CHAP, SSH e assim por diante.
O problema da falta de endereços pode ser contornada de diversas formas, como por exemplo através do NAT, onde um único endereço IP pode ser compartilhado entre vários hosts (em teoria até 16 milhões, usando um endereço da faixa 10.x.x.x na rede interna). Quase todos já utilizamos o NAT ao compartilhar a conexão usando o ICQ do Windows, o IP Masquerading no Linux, ou mesmo mini-distribuições como o Coyote e o Freesco. A maior limitação do NAT é que os hosts sob a conexão compartilhada não recebem conexões entrantes, impedindo que os usuários utilizem programas de compartilhamento de arquivos, servidores Web ou FTP, muitos jogos multiplayer e assim por diante. Numa rede pequena ainda é possível redirecionar algumas portas do servidor para o host que for rodar estas aplicações, mas esta não seria uma opção para por exemplo um provedor de acesso que resolvesse, por falta de endereços IP, oferecer conexões NAT para seus clientes.
Por Carlos E. Morimoto.

Redes de Computadores

A rede de computadores é um grupo de computadores de funcionamento independente do outro e interconectados por cabos de rede. A rede permite o compartilhamento de softwares, informações, arquivos e demais serviços.

A rede pode atuar em computadores, em periféricos (impressoras, scanners, e outros equipamentos), e em máquinas de linha de produção. A rede de computadores reduz custo com a aquisição de softwares, minimiza processos de envio de projetos, significa economia de tempo e melhor desempenho operacional numa empresa.
A primeira tentativa de implemento de uma rede ocorreu em setembro de 1940, através dos trabalhos de George Stibitz, que utilizou uma máquina de teletipo para envio de instruções de sua Model K situada na Faculdade  de Dartmouth para uma calculadora na cidade de Nova York.
Em 1964, desenvolveram o Sistema de Compartilhamento de Tempo de Dartmouth para vários usuários situados em trabalhos de sistemas de computadores. Na época, a General Eletric e a Bell Labs conseguiram rotear conexões telefônicas através do computador Dec´s PDP-8.
Os conhecimentos em rede aumentou significativamente na década de 90, atualmente há vários tipos específicos de redes, as mais conhecidas são:
  • LAN – Local Area Network – é uma rede local situada num domicílio, sala comercial ou lan house;
  • MAN – Metropolitan Area Network – utilizada entre duas cidades;
  • WAN – Wide Area Network- Utilizada entre pontos intercontinentais, como por exemplo, o sistema bancário internacional;
  • RAN- Regional Area Network- rede presente em determinada região delimitada.
Por Fernando Rebouças